Na vida, todos fazemos escolhas. Escolher ou não escolher é já por si só uma escolha.
Escolhi o caminho do coração – estar com as crianças em amor. Na Escola Babyoga Portugal temos um lema: “Eu estou aqui para cuidar de ti” que tem sido para mim uma bússola.
Nas aulas que oriento sigo esse caminho e quando não consigo (sou humana e tenho ainda muito para crescer e aprender)…
sei que a responsabilidade é minha e que fui eu quem não conseguiu utilizar as ferramentas internas da melhor forma, como por exemplo as emoções. Sinto-me desafiada: não é a criança que é desafiante.
Os adultos de hoje em dia, em particular a grande maioria dos professores, sentem necessidade de controlar o comportamento dos seus alunos. Uma pergunta: para que serve este controlo? Traz uma relação saudável ou não saudável? Traduz-se numa aprendizagem?
Compreendo a intenção por detrás de algumas atitudes, mas será que são realmente necessárias ou podemos praticar o igual valor e a colaboração? Entendo também que as pessoas se sintam cansadas, que o sistema (público ou não) não os satisfaça, entre outras questões, mas que culpa têm as crianças? Nós somos os responsáveis por os educar! Quando trocamos a palavra culpa por responsabilidade é mais fácil termos consciência do nosso papel.
Esta é a minha intenção enquanto professora de Yoga para crianças e enquanto facilitadora de meditação e desenvolvimento consciente. Defendo a educação colaborativa que promove crianças com auto-estima saudável e autoconfiança! Sei hoje que grande maioria destas aprendizagens resulta das aulas dadas, daquilo que as crianças me ensinam.
As nossas crianças precisam de ser VISTAS, OUVIDAS e ESCUTADAS com o coração e com muito amor pelos seus pais e por quem os rodeia nas escolas.
Aprendamos a respeitar o espaço de cada um sem julgamentos e com IGUAL VALOR, quer sejamos adultos ou crianças, pois todos somos seres Humanos. Todos temos necessidades e limites e todos queremos satisfazer essas necessidades e limites. Assim sendo, que o façamos com respeito e com a responsabilidade de criar e educar crianças que serão o futuro.
Ao praticarmos igual valor, significa que ambos (criança e adulto) são respeitados da mesma forma. As crianças, assim como todas as suas emoções, opiniões e desejos têm exatamente o mesmo valor que as do adulto.
Dá-me alento saber que existem muitos educadores, professores e pais preocupados a querer fazer as coisas de uma forma mais consciente, assim como também existem muitos profissionais empenhados em semear ventos de mudança. Sou grata por conhecer pessoas verdadeiramente inspiradoras com as quais me sinto totalmente alinhada e com quem aprendo todos os dias.
Para criarmos relações mais saudáveis com as nossas crianças, quer sejamos professores ou pais, podemos seguir alguns simples passos (inspirados no modelo de comunicação consciente):
1º Observar e criar conexão;
2º Escutar;
3º Ouvir e reconhecer emoções;
4º Perguntar;
5º Acompanhar.
Faz uma pausa, observa, escuta, reconhece no outro e em ti quais as emoções que estão presentes, questiona e escuta novamente. Usa a tua respiração. Ela está sempre contigo, a respiração ajuda a que te centres e cries espaço, espaço entre reagir e agir. É bem diferente quando reages e quando ages de forma mais consciente. Em suma, a respiração traz consciência.
A prática de yoga e de meditação será condutora de uma vida mais consciente e plena e é por isso que as aulas em família trazem benefícios incríveis. Nas aulas de yoga em família existe igual valor, crescemos juntos, fortalecemos relações e respiramos com o nosso coração.
Sejamos adultos conscientes AGORA pois as crianças são o FUTURO, os adultos de AMANHÃ!
Ana Henriques
Professora de Babyoga e Playoga da Escola Babyoga Portugal
“Em 2013 a minha vida mudou, fui mãe! O que já é uma enorme mudança na vida de uma mulher. Tinha tido, até então, uma vida profissional estável e muito preenchida! Trabalhei muitos anos em gestão e coordenação de formação profissional, fui consultora numa grande consultora portuguesa, onde aprendi imenso.
A maior descoberta, após um burnout, foi conhecer os meus limites e aprender a respeitar-me. Após o nascimento da minha filha, tive o que considero uma bênção do universo – soube que não me ia ser renovado o contrato. Esta era a melhor altura para ficar desempregada pois assim podia ficar em casa com a minha filha.
Decidi procurar a Escola Babyoga Portugal com a intenção de me enriquecer enquanto mãe e poder proporcionar bons momentos à minha filha. Hoje sou grata por tamanha mudança na minha vida. Decidi dedicar-me a esta nova paixão, o que permitiu também o regresso à cidade que me viu nascer, concretizando assim um objetivo anteriormente definido.”
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